4 respostas para Diálogo 5 – Por uma fotografia livre.

  1. Vida longa e próspera à fotografia livre!

  2. Chico Peixoto disse:

    Acho que a fotografia já é livre, sempre foi. Não importa o quanto a gente traga à tona tópicos já debatidos à exaustão. Ela não está nem aí pra gente. segue se reinventando, em intervalos de tempo cada vez mais curtos, quer a gente goste disso ou não. Sua evolução está fora do nosso controle.

    Continuo acreditando que isso passa pelo uso e a consequente dependência de tecnologia, que deixou o mundo mais acelerado. Há novidades todos os dias. O novo hoje se torna ultrapassado em pouco tempo e isso não é negociável. Parece que não temos tempo para refletir, apenas para experimentar.

    Também creio em nosso despreparado (enquanto sociedade) para lidar com imagens. Devemos reconhecer que o mundo é formado principalmente por cidadãos comuns, que hoje em dia, tanto quanto os profissionais de fotografia, estão conectados, interagem entre si e tem acesso à equipamentos fotográficos de manuseio simplificado. Gente que não estuda fotografia, não pensa a partir dela, mas que se acostumou produz fotos numa quantidade incrível.

    Daí começo a viajar… e se a pintura e a escultura surgissem como artes populares e não para aristocratas? E se, nas primeiras décadas da fotografia, o conhecimento sobre ela ganhasse as ruas e não ficasse restrito a pequenos grupos intelectuais ou confinado nos laboratórios? E se, na época em que ajudou a popularizar a fotografia, George Eastman (Kodak) também tivesse se dedicado à criação de cursos? Não importa, já era. A impressão que tenho é que o homem começou a encarar o conhecimento sobre fotografia como bem para sociedade tarde demais… a fotografia é livre e, muito em função desse vacilo, estará sempre à frente de nosso entendimento.

    Eu me idendifico com esse seu texto, Maíra, porque às vezes me sinto “do contra” em função do que penso. Em outras ocasiões, tudo me parece pertinente. Mas, seja qual for meu estado de espírito, essa é uma questão que volta e meia me incomoda.

    • Pois é, Chico, ainda bem que a fotografia não está nem aí pra gente, segue seu curso sempre à nossa frente. E que assim o seja, pois ela é muito maior do que qualquer caixinha na qual possamos pensar em colocá-la. Ainda bem, também, que temos sempre pensadores e artistas à frente de nosso tempo, gente que quer é produzir, criar, recriar, desmistificar… E que não se deixam engessar por padrões. Gostaria mesmo de ver o tempo deste nosso despreparo superado e de uma fotografia mais fluida. Mas não sei se ela já é livre, eu gostaria que fosse…

  3. Lee disse:

    bom dizer que a fotografia está frente da gente é uma boa figura de linguagem pra explicitar o potencial da arte de ser um meio de apresentar novas ideias. Porém só não pode ser levado ao pé da letra, pois ai a gente pode cair na ideia que arte se desenvolve por fora do mundo dos seres humanos, independente de nós. O que não é verdade, a fotografia e seu nivel de desenvolvimento é simplesmente reflexo do desenvovimentos dos homens.

    Sobre a liberdade reivindico o manifesto da arte surrealista. Que em resume é uma ode a liberdade da arte. Pois sem a liberdade da arte não há arte. A arte serve pra nós libertar, so liberta quem é livre.

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