Uma fotografia me encanta quando me convida a entrar em um outro universo e consegue me fazer sentir os cheiros e os gostos desse mundo, quando ela me leva a ouvir uma música, ver uma dança e dançar junto.
E parece que é nesse outro universo, cheio ritmo e de cores saturadas, que nos levam as fotografias de Alejandro Zambrana.
A explosão de cores de cada foto vai além da narrativa de uma festa, como por exemplo no ensaio Lambe Sujo e Caboclinhos, mais parece falar das histórias das pessoas, quase como se pudéssemos nomeá-las. Falam também dos seus signos e sonhos, de suas alegrias e brincadeiras e de seus rituais.
O que acontece, especialmente, nas fotos da antiga casa de detenção, a ausência deixa ainda mais acentuada as particularidades desse universo, das pessoas que ali estiveram, de seus símbolos e seus ritos.
Aceitem, sem pressa, o convite para experimentar o mundo que Zambrana nos apresenta.