Dark Art – é assim que Brooke Shaden nomeia seu próprio trabalho. Enquanto brinca de fotografar e fotografa brincando, essa mocinha de 24 anos já se tornou bem conhecida (e reconhecida) por seu trabalho. Americana, mora em Los Angeles, é representada por duas galerias: Joanne Artman Gallery e Morren Galleries, ministra workshops ensinando muito sobre as técnicas e truques que usa para fazer suas fotos (levitação, múltiplas imagens, fotos subaquáticas, uso da luz natural…).
Brooke criou um estilo próprio, abusa da criatividade e imaginação inventando cenas, cenários e universos. Materializando sonhos e pesadelos, transformando seus desejos, alegrias e medos em imagens. Ela traz um universo simbólico muito denso, às vezes bem obscuro também, se debruça com paixão sobre temas como morte e vida. Seu trabalho é fortemente centrado na figura da mulher, em grande parte das imagens vocês irão observar que costuma ser sua própria modelo, “por ser mais conveniente” e por que ela gosta de se ver nestes outros mundos que cria e onde gostaria que vivêssemos.
As imagens são sempre em formato quadrado na tentativa de que o receptor veja a cena, esqueça que está vendo uma fotografia e mergulhe no mundo que ela nos traz. Cor, textura e pós-produção são elementos muito importantes para a construção de suas fotografias, criando um misto de surrealismo e mundo fantástico onde cada foto parece narrar uma história. E quantas histórias ela tem para contar!
Uma das coisas mais bacanas deste flickr é que ela divide muito sobre o processo de produção por trás da câmera, inclusive no youtube e no seu blog, comentando cada foto, às vezes falando sobre o que a motivou a fazer aquela fotografia, às vezes contando sobre a produção da imagem.
“These are the images that live in my mind, that spoke to me so loudly that I had to turn them into something more tangible. I hope they speak to you as they do to me. I have a passion for creating stories wrapped up in a photographic package. I want to create dark art that is both unexpectedly beautiful and moving. I want to make you see what you have never seen before, but has been right in front of you.”
ela é dez, né? fotografia digital de verdade é um pouco disso aí. fazer manipulações não pra corrigir o que tá errado, mas pra finalizar um processo artístico que passa pelo clique e dá vida a uma imagem que, na maioria dos casos, só existe dentro da nossa cabeça. lindo.
Pois é Chico, eu preferi não puxar o viés da manipulação porque não queria entrar nessa questão de ter que destacá-la de alguma forma, pois para mim ela é parte integrante da fotografia digital, seja apenas para corrigir, acrescentar, criar… Mas suas palavras me complementam e tenho que admitir que essa manipulação me instiga muito mais!