Essa foto tem gostinho de aventura, diversão, brincadeira e travessura. Tem a cor da lembrança, a singeleza da infância. Tem cheiro de casa da vovó, de cama dos pais, de marcas no joelho. Tem som de risadas, muitas. Tem sonho, imaginação…
E limite, tem? Tem não. Pode ser o que quiser, eu queria ser bailarina, astronauta, policial, aeromoça, veterinária, professora (igual minha mãe), atriz, cantora, a She-Ra e a Mulher Maravilha.
A imagem do mexicano Carlos Aranda Palma é linda, linda. Gosto de suas cores e nuances, do que revela e do que esconde. Nem demais, nem de menos…
No mundo das cores posso ver o seu sorriso sapeca, sua cara de moleque, a alegria estampada nas botas vermelhas. Elas são eloqüentes, me lembram a menina da bota cor de rosa, de alguns anos atrás…
Um flash de luz verde, como que vindo das entranhas da minha memória, volto a ser criança, ser ingênua e brincar. Sair correndo descalça pela rua, tomar banho de chuva, pular corda, elástico, subir em árvore, não ter preocupações, medos, nem anseios. Um verdadeiro super-herói.
Podia ficar olhando pra sempre essa foto porque ela resgata essa criança esquecida, me faz lembrar que a infância só acaba quando a gente determina, sejamos sempre crianças. O mundo fica bem mais divertido!