Depois de uma semana muito especial, acompanhando e participando do Pequeno Encontro da Fotografia, realizado aqui do nosso ladinho, em Olinda, o 7 inaugura mais um Diário de Bordo, dessa vez de volta às terras fluminenses de Paraty, para mais uma edição do Paraty em Foco, um dos 10 maiores festivais de fotografia do mundo, segundo o grupo Raconteur on Photography.
Estivemos lá no ano passado, eu e Ana Lira, e fizemos um Diário de Bordo rico e incompletíssimo, dada a imensidão da programação nos quatro dias de festival. É porque o PEF é assim mesmo, é festival para faltar fôlego e não dar conta. Na programação de 2012 tá lá a prova: 12 palestras/entrevistas, mais de 20 workshops, leituras de portfolios, 8 exposições fixas e 2 exposições projetadas, 3 noites de projeções multimídia e o leilão de fotografias – além das dezenas de atividades paralelas que a gente só descobre lá pelo meio da rua.
Na lista de mais de 40 convidados, tem Martin Parr, Mauricio Lima, Tiago Santana, Rodrigo Gómez Rovira, Claudi Carreras, Claudia Jaguaribe, Georgia Quintas, Cristiano Mascaro, Galeria Experiência, etc. Nossa Pri Buhr também participa, dentro do Portfolio em Foco, com o trabalho “Ausländer”. E a gente pode acompanhar quase tudo com transmissão ao vivo pela internet.
Mas, para contar para gente um pouco mais do festival, quem sai de Recife é Isabella Valle, com a difícil missão de resumir tudo num Diário de Bordo possível. Lembro bem do que eu disse no ano passado, morta de cansaço e novas ideias no meu juizo, escrevendo um texto para esse blog e sonhando com um minutinho a mais de sono: “o importante é se manter passeando dentro dessa bolha fotográfica que vira a cidade de ponta-cabeça nesses dias de setembro. O festival é enorme e incrivelmente múltiplo, como se tentasse dar conta de todos os aspectos e abordagens que a fotografia pode alavancar” e “É preciso se resignar e dizer: é muito difícil dar conta do Paraty em Foco. Não apenas em tamanho, vale esclarecer, mas em provocações que o festival gera na cabeça de quem já é consideravelmente provocado pela fotografia”.
Para quem vai, o blog do PEF dá umas dicas básicas de sobrevivência na cidade. Da minha experiência posso dizer: leve um sapato bem confortável (para os dias em que as pedras históricas da cidade estiverem escorregadias), um casaquinho para caso o tempo fique mais frio, uma câmera fotográfica (certeza de que vai rolar arrependimento se não levar) e aquele portfoliozinho discreto (no pen drive, ipad ou até no laptop mesmo) para mostrar nas conversas de mesa de bar, banco de praça, xícara de café.
Para quem não vai, ainda nos resta acompanhar Isabella!
Acompanho daqui, já que não estarei lá.
Mas a programação me deixou querendo participar do próximo!